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Rotinas de trabalho na Biologia Marinha: colaboradores da Revista Biologia Marinha contam pra você

Atualizado: 10 de jun. de 2020

Autores: Douglas F. Peiró, Yonara Garcia Borges Felipe, Raphaela A. Duarte Silveira, Mariana P. Haueisen, Lucas Garcia Martins e Thais R. Semprebom



Em comemoração ao dia do trabalho, colaboradores da Revista Biologia Marinha contam um pouco sobre a rotina como profissionais e estudantes de áreas relacionadas a esta área que tanto amamos! Os relatos são apenas uma amostra… se você quiser saber mais, nos mande suas dúvidas nos comentários!



Prof. Dr. Douglas F. Peiró


À esquerda foto de meio corpo do Professor Dr. Douglas Peiró dando aula durante um dos cursos de biologia marinha do Projeto Bióicos, pele branca, cabelo castanho curto, bigode e cavanhaque curtos, olhos castanhos, com uma camiseta branca como o logotipo do Projeto Bióicos (uma tartaruga marinha estilizada), vestindo luvas de proteção de neoprene, com o mar no fundo da imagem. À direita, foto do professor Douglas mergulhando, realizando trabalho de campo onde está com a cabeça fora da água, vestindo máscara de mergulho e snorkel (metade de cima da foto mostrando acima da superfície da água); metade de baixo da foto mostrando abaixo da superfície, abaixo do pescoço, camiseta do Projeto Bióicos camuflada em tons de cinza e verde e roupa de neoprene de manga comprida abaixo da camiseta.

Sou Biólogo Marinho. Paulista, caiçara por opção (referência aos habitantes da zona costeira do Estado de São Paulo e alguns outros Estados). Fundador e Coordenador do Projeto Biologia Marinha Bióicos de educação e divulgação científica de Biologia Marinha. Possuo pós-doutorado pela Université de Poitiers na França. Doutorado em Biologia Comparada de animais marinhos pela Universidade de São Paulo, com doutorado sanduíche na University of Louisiana at Lafayette nos EUA. Mestrado em Biologia Comparada de animais marinhos pela Universidade de São Paulo. Especialização em docência de Biologia Marinha. Graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura Plena).


Tenho me dedicado há 18 anos à Biologia Marinha e ao ensino, tendo participado de inúmeras expedições científicas no litoral e também de cruzeiros oceanográficos nos Brasil e no exterior. Sou coordenador de um projeto internacional de pesquisa (CNPq) e participo como pesquisador de outros projetos. Atuo como revisor de periódicos científicos nacionais e internacionais ligados à biologia marinha, e como editor da Revista Biologia Marinha. Participo ativamente na formação de pessoal, com a orientação de alunos de iniciação científica e de pós-graduação. Também atuo como professor de nível superior há mais de dez anos; atualmente sou docente do Projeto Bióicos e da Universidade Federal de São Carlos.



Ma. Yonara Garcia Borges Felipe


à esquerda foto de rosto da Yonara, pele branca, ruiva com sardas no rosto, olhos castanhos, com uma blusa rosa, com o mar no fundo da imagem. À direita, a Yonara realiza trabalho de campo onde está coletando amostra com uma rede de plâncton. Ela está em uma embarcação de alumínio, vestindo calça azul e colete salva-vidas amarelo.

Sou uma mineira apaixonada pelo mar. Desde quando decidi ser bióloga tive plena convicção de que eu queria ser uma cientista do mar, mas como Minas não tem mar, tive que trilhar meu caminho para que eu conquistasse o que tanto queria. Me graduei em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e, durante a graduação, participei de estudos relacionados com ecologia aquática de sistemas de água doce com ênfase em comunidades planctônicas (bacterioplâncton) e ciclos biogeoquímicos. Nesse período, além das atividades da faculdade, eu dividia meu tempo em trabalhos de campo, onde ajudava na coleta das amostras em hidrelétricas, e trabalhos laboratoriais, onde analisávamos todo o material chegava das coletas.


Apesar deste sistema também ser incrível, meu objetivo sempre foi o oceano. Assim, eu vim parar em São Paulo, no Instituto Oceanográfico da USP (IO-USP). Minha pesquisa é sobre o plâncton marinho, uma comunidade que pode ser a chave de muitos segredos. O foco principal da minha pesquisa é o estudo do comportamento natatório desses organismos por meio de sistemas ópticos que desenvolvemos no laboratório. Sabe aquela aula de física óptica do ensino médio que a gente sempre se pergunta "pra que que eu tenho que saber disso?" Na minha pesquisa ela é fundamental para montar estes sistemas! Eu coleto os organismos com uma rede de plâncton em uma estação próxima à base de pesquisa do IO-USP, em Ubatuba, seleciono os organismos que tenho interesse, através de microscópios, e, então, os coloco em aquários para filmar nestes sistemas e estudar seu comportamento natatório. A partir dessas análises, vários fenômenos importantes no oceano podem ser explicados.


Além de pesquisadora, também trabalho com divulgação científica como editora do Blog Bate-papo com Netuno e no Projeto Biologia Marinha Bióicos, trabalhos extremamente importantes para difundir o conhecimento científico.



Raphaela A. Duarte Silveira


À esquerda, foto de rosto da Raphaela, pele branca, olhos castanhos, batom vermelho, cabelo curto um pouco abaixo do queixo, blusa branca e gargantilha preta. A direita uma foto em trabalho de campo. Nessa imagem a Raphaela, vestindo calça e blusa de manga comprida preta, um boné preto virado pra trás, está agachada instalando armadilha fotográfica em uma árvore.

Sempre fui apaixonada por Biologia Marinha e, mesmo estando longe do mar, procuro me manter atualizada e em contato com essa área. Atualmente tenho dois trabalhos principais: o projeto de mestrado e o Projeto Bióicos. Sou mestranda em Ecologia Aplicada pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, com a pesquisa sobre mamíferos domésticos e silvestres exóticos no Parque Nacional do Itatiaia. A minha rotina de trabalho tem sido dividida entre pesquisa bibliográfica sobre o tema e coletas de campo. As coletas de campo começaram em setembro de 2018 e ocorreram no próprio parque, pelo menos uma vez a cada dois meses. Em relação ao Projeto Biologia Marinha Bióicos, tenho atuado como editora assistente da Revista, contribuindo com a elaboração, revisão e publicação de textos de divulgação científica em biologia marinha.



Mariana P. Haueisen

À esquerda, foto da Mariana de meio corpo, pele branca, olhos castanhos, batom vermelho, cabelo longo para trás; camiseta preta escrita Ciências Biológicas, ao lado do desenho de uma árvore com tronco em forma de DNA; calça preta; máscara de mergulho no pescoço com snorkel; as mãos seguram uma peça de artesanato em formato de tubarão. À direita, mergulhadora com equipamento de mergulho olha serenamente para a fotografia; fundo do mar azul e substrato de areia com algumas rochas, corais e algas marrons.

Como estudar seres marinhos longe do mar? Essa é uma hesitação que sempre tive, mas consegui solucionar! Sou graduanda em Ciências Biológicas na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e sempre tive interesse na Biologia Marinha. Estando tão longe do litoral, consegui algumas formas de me manter na biologia marinha. Atualmente estou em um projeto de pesquisa de biogeografia de tubarões no Laboratório de Tratamento da Informação Espacial do Programa de Pós Graduação em geografia da PUC Minas.

Mesmo estando longe desses incríveis animais, consigo estudá-los por meio de revisões bibliográficas. Além do trabalho de revisão, pessoas que buscam estudar a Biologia Marinha também podem encontrar vários congressos e cursos online na área para ampliarem seus conhecimentos. Apesar de realizar pesquisa em Belo Horizonte, também iniciei meu trabalho na divulgação científica com o Projeto Biologia Marinha Bióicos. Divulgar conhecimentos na Biologia Marinha me permite aprender mais sobre o mar e a vida abrigada por ele. Outra forma forma alternativa de ter contato com os seres marinhos é mergulhando, portanto, sempre priorizo viajar para praias a fim de mergulhar.



Lucas Garcia Martins

À esquerda, foto de rosto do Lucas, pele branca, olhos e cabelos escuros, usando óculos e segurando dois livros de títulos Biologia Marinha e Estudos Oceanográficos. À direita uma foto do Lucas no laboratório, em que ele está vestido com jaleco branco em frente a uma bancada também branca, enquanto segura um pequeno tubarão.


Apenas biólogos trabalham com biologia marinha? A resposta é NÃO e lhes conto mais.

Atualmente sou graduando do curso de Engenharia de Pesca na Universidade Federal Rural da Amazônia e trabalho nas linhas de pesquisa da biologia marinha com tubarões e raias, estrelas-do-mar, anêmonas, crustáceos e cefalópodes, e na oceanografia biológica no estudo de distribuição de mamíferos marinhos, com enfoque nos golfinhos-nariz-de-garrafa.

Faço parte do Grupo de pesquisa Ecologia Bentônica Tropical e Laboratório de Pesca e Biodiversidade Aquática. Graças ao nosso orientador, existe uma liberdade no estudo dos animais que chegam ao laboratório a partir das pescas de arrasto de camarão, ou seja, a fauna acompanhante é levada ao laboratório para estudos, então com os animais conservados os alunos podem escolher um tema para trabalhar, verificando a viabilidade do projeto. Nossos estudos são de suma importância para compreender o ecossistema marinho e melhorar as formas de conservação destes animais.

Além disso, sou o coordenador do Projeto BioAqua que busca através de pequenas ações como reciclagem, mutirões de limpeza de rios e ambientes aquáticos no geral, palestras e visitas a escolas, gerar uma postura mais ecológica nas pessoas visando mostrar que nossas ações prejudicam todos os sistemas terrestre, dulcícola e marinho sem que percebamos o quão grande é impacto. Você também pode adotar a ideia e com ações simples começar a gerar a mudança, se precisar de ajuda é só deixar nos comentários.

Portanto, se você quer trabalhar com biologia marinha, pode abrir o leque de possibilidades entrando em cursos como Engenharia de Pesca, Engenharia Ambiental, Ecologia, Biologia, Oceanografia, Oceanologia e vários outros.



Há diversas formas de estudar esse universo marinho ainda tão desconhecido. E se você pensa em ser um Biólogo Marinho e ainda não sabe em qual área, pesquise, faça estágios, fale com profissionais da área... Isso te ajudará muito a direcionar seus estudos.


Escute este artigo também pelo nosso Podcast. Clique aqui!



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Responsável: prof. Dr. Douglas F. Peiró

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